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25 agosto 2025

Executiva mulher dura menos no cargo

Do Estado de S Paulo


(...) a pesquisa “Índice Global de Rotatividade de CEOs”, mapeamento global da consultoria especializada em lideranças Russell Reynolds com profissionais de 25 países, incluindo o Brasil. As informações do estudo, lançadas em julho, retratam a observação e a avaliação de 1.142 transições de gestores e gestoras de empresas de capital aberto nos últimos sete anos.

Segundo os dados mais recentes, no primeiro semestre de 2025, as mulheres representaram somente 9% das nomeações para CEO e contabilizaram apenas 11% entre os presidentes nomeados em todo o ano de 2024.

Os homens, uma vez nomeados, costumam permanecer na presidência por aproximadamente oito anos, enquanto as executivas permanecem por cerca de cinco anos, conforme a média observada desde 2018.

O resultado ocorre tanto quando a empresa vai bem, ou quando vai mal. Enquanto a demissão corresponde a 24% da saída dos homens, o percentual é de 32% nas mulheres.  

Eis a fonte: Ferreira, Shagaly. Gestão de mulher como CEO de empresa dura  anos a menos, 21 de agosto de 2025. Imagem aqui

Rir é o melhor remédio

Fonte: aqui
 

24 agosto 2025

História da contabilidade: balanço da Estrada de Ferro D. Pedro II

 Se um balanço de um banco parece tímido para os dias de hoje, o mesmo não se pode dizer do balanço da Estada de Ferro D. Pedro. Estamos no ano de 1860, logo no início do ano, dia 14 de Janeiro, quando é publicado no Correio Mercantil mais de uma página do relatório da empresa. Um print das duas páginas, para se ter uma noção da quantidade de informações, boa parte um descritivo das atividades:

Eu deixei marcado o trecho onde se encontra a informação do relatório do segundo semestre de 1859. Isto quinze dias depois de encerrado o semestre. Das sete colunas da primeira página, quase quatro são informações da empresa. Agora a página seguinte:

Aqui já aparece informações em quadros. Há dados físicos - carga transportada, por exemplo, e financeiros. O mais importante é a relação receita e despesa:

A apresentação é mensal e por tipo de receita e tipo de despesa. 
 

História da contabilidade: balanço do Banco do Brasil

 Eis que no dia 8 de janeiro de 1860, no Correio Mercantil, encontro publicado o balanço do Banco do Brasil:

Algumas observações: 

1. O balanço é de "dezembro de 1859". Ou seja, foi publicado oito dias depois da data de fechamento. Aqui tem um erro teórico, pois deve ser o balanço de 31 de dezembro de 1859 e não dezembro.

2. No ativo, há o caixa das filiais de São Paulo e Ouro Preto

3. Além do caixa, tem-se as barras de ouro

4. Era uma instituição bem capitalizada, com um capital que correspondia a quase 45% do ativo. 

 

História da contabilidade: Profissional não especializado

A ideia de que um profissional qualquer deve ser especializado em algo parece normal nos dias de hoje. Um contador faz a contabilidade, mas provavelmente conhece muito mais uma subarea, como auditoria ou tributos.

No passado, um trabalhador fazia de tudo um pouco. E a ausência da especialização abria mais possibilidades. Eis um anúncio que achei no Correio Mercantil de 8 de janeiro de 1860:

Cuida da saúde, inclusive homeopatia, pode gerir uma fazenda, fazer escrituração e outras coisas mais. 
 

Há espaço para pesquisa qualitativa?


Eis parte do resumo:

Foram analisadas 522 teses, das quais 364 utilizaram a estratégia de pesquisa quantitativa, o que corresponde a cerca de 70% das teses analisadas. Ainda, 114 teses utilizaram a estratégia qualitativa (cerca de 22% das teses analisadas) e 44 teses utilizaram a estratégia mista (cerca de 8% das teses analisadas). Assim, notou-se a maior procura pela estratégia quantitativa, desproporcional às demais e com incremento nos últimos anos, reforçando a ideia de formação de “ilhas” de conhecimento ou “tribos” de pesquisadores. Pode-se também inferir que tal predileção tem conexão com a ideia de produtivismo acadêmico. 

Faz sentido, já que a abordagem quantitativa é mais objetiva e direta. A pesquisa qualitativa, por sua vez, é de fato mais complexa. No entanto, percebe-se uma insatisfação por parte dos avaliadores: para eles, nada parece estar suficientemente adequado para merecer aprovação. Imagem aqui

IPO da Aramco, seis anos depois

As ofertas públicas iniciais costumam ser eventos extravagantes. Mas, mesmo para os padrões hiperbólicos desse tipo de operação, com banqueiros desesperados para despertar interesse, a família real saudita foi além quando colocou à venda ações da gigante do petróleo Aramco. Só que não funcionou na época — e não está funcionando agora.

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a véspera do IPO de 2019, um dos mais altos membros da realeza saudita advertiu que “aqueles que não subscrevessem” a oferta ficariam “roendo os dedos” de arrependimento. A avaliação de US$ 2 trilhões buscada pelos sauditas se materializaria “em poucos meses”. A mensagem era clara: compre agora ou fique de fora.

Wall Street não comprou — e não perdeu nada com isso. Nos últimos cinco anos e meio, as ações da Aramco tiveram desempenho inferior ao de todos os concorrentes. Hoje, a empresa recorre a dívidas para bancar seus dividendos; suas ações caíram ao menor patamar em cinco anos, e o volume negociado está em queda — um sinal de que investidores locais e estrangeiros estão evitando o papel.

Saudi Aramco Gets Wall Street’s Thumbs Down — Again — Javier Blas - Bloomberg.  

Na época, o blog acompanhou de perto a questão contábil da IPO da Aramco. Era uma empresa boa, por ser monopólio. Não parecia ser necessário captar dívida para pagar dividendos.