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24 agosto 2025

IPO da Aramco, seis anos depois

As ofertas públicas iniciais costumam ser eventos extravagantes. Mas, mesmo para os padrões hiperbólicos desse tipo de operação, com banqueiros desesperados para despertar interesse, a família real saudita foi além quando colocou à venda ações da gigante do petróleo Aramco. Só que não funcionou na época — e não está funcionando agora.

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a véspera do IPO de 2019, um dos mais altos membros da realeza saudita advertiu que “aqueles que não subscrevessem” a oferta ficariam “roendo os dedos” de arrependimento. A avaliação de US$ 2 trilhões buscada pelos sauditas se materializaria “em poucos meses”. A mensagem era clara: compre agora ou fique de fora.

Wall Street não comprou — e não perdeu nada com isso. Nos últimos cinco anos e meio, as ações da Aramco tiveram desempenho inferior ao de todos os concorrentes. Hoje, a empresa recorre a dívidas para bancar seus dividendos; suas ações caíram ao menor patamar em cinco anos, e o volume negociado está em queda — um sinal de que investidores locais e estrangeiros estão evitando o papel.

Saudi Aramco Gets Wall Street’s Thumbs Down — Again — Javier Blas - Bloomberg.  

Na época, o blog acompanhou de perto a questão contábil da IPO da Aramco. Era uma empresa boa, por ser monopólio. Não parecia ser necessário captar dívida para pagar dividendos. 

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