O artigo “Chains of Credit: The Entrepreneurial Advantage of Slavery”, publicado no JSTOR Daily, destaca como a liquidez associada às pessoas escravizadas transformou-as em ativos financeiros fundamentais no sistema capitalista norte-americano do século XIX. Cadeias de crédito conectavam “plantadores do Mississippi” a intermediários de algodão em Nova Orleans, e esses, por sua vez, a banqueiros de Nova York e mercadores de Liverpool — criando uma intrincada teia financeira global baseada em escravidão.
A escravidão não era meramente trabalho forçado, mas também uma forma de capital altamente negociável, utilizada como garantia para hipotecas, contratos de seguro e garantias. O número de escravizados era contado integralmente para fins de representação legislativa, embora não tivessem direitos de voto. Além disso, o comércio de pessoas escravizadas para o Sul era mais lucrativo do que seu uso no trabalho agrícola local.
Fiquei na dúvida se faz sentido a posição do autor. O ano de 1858, citado no texto, já marcava uma redução drástica no comércio mundial de escravos.
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