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01 setembro 2025

Bolsa e Guerra


Empresas envolvidas em guerra e acusações de genocídio seriam punidas pelo mercado? A lógica parece indicar que sim. Mas eis o trecho final de um texto onde isto não ocorre:

Desde outubro de 2023, a rentabilidade de investir em empresas israelenses tem sido muito superior à de investir em outras regiões geográficas, duplicando ou quase triplicando o retorno de outros índices de ações. Entre outubro de 2023 e agosto de 2025, o TA35 se revalorizou em média 31% ao ano, um crescimento muito maior do que o dos índices dos Estados Unidos (18%), Europa (16%), Japão (18%) ou Reino Unido (12%).

Nesse sentido, a evolução do índice Tel Aviv 35 foi marcada por dois pontos de inflexão. Embora nos primeiros dias após o atentado de 7 de outubro de 2023 a bolsa israelense tenha apresentado retornos negativos, essa tendência rapidamente mudou no fim de outubro, após o início da invasão em larga escala de Gaza pelo exército israelense. O segundo ponto de inflexão, que acelerou o crescimento do índice, ocorreu no último trimestre de 2024. Durante esse ano ficou evidente que Israel dominava o conflito na região. Naquele verão, Israel havia matado os líderes do Hamas — Mohammed Deif, em 13 de julho, e Ismail Haniyeh, em 31 de julho —, assim como o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, em 28 de setembro. Nos dias 17 e 18 de setembro, dezenas de busca-pessoas e rádios walkie-talkie explodiram, matando supostos militantes palestinos. Além disso, os ataques do Irã a Israel nessas datas, com mísseis balísticos, foram repelidos sem causar danos significativos. Para alguns analistas, essas ações representaram uma virada geopolítica na região, indicando que Israel voltava a dominar sua segurança e restaurando a confiança dos investidores no país.
 

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