As pequenas e médias empresas (PMEs) são frequentemente idealizadas como o coração da economia local e importantes geradoras de emprego. Os valores irão depender do que você considera como PME.
No entanto, essa visão romântica oculta limitações estruturais: a fragmentação empresarial dificulta ganhos de produtividade, crescimento, inovação e a oferta de empregos de qualidade. Países mais avançados contam com um maior número de grandes empresas, que dinamizam a economia, exportam mais, investem em tecnologia e geram base fiscal robusta.
No texto citado acima temos o exemplo da Espanha: apesar de representarem apenas 0,2 % do total de firmas, empresas como Inditex e El Corte Inglés respondem por 40 % do emprego e mais da metade do valor agregado empresarial. Além disso, trabalhadores em grandes empresas ganham até 47 % mais, contam com melhores benefícios e menor precariedade.
Veja que na contabilidade o Brasil possui três padrões contábeis, sendo dois deles voltados para este nicho. Há aqui uma enorme quantidade de esforço de adaptar as normas contábeis adotadas por grandes empresas, sendo que na realidade a maioria delas quer entregar suas obrigações, pelo menor custo (informacional) possível.
Pintura aqui