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17 maio 2025

Grandes nomes da história mundial da contabilidade: Fiori


Flori, Ludovico (1579–1647)

Em 1633, Ludovico Flori, um jesuíta de Palermo, publicou o segundo manual impresso sobre contabilidade monástica. Trattato del Modo di Tenere il Libro Doppio Domestico derivava seus procedimentos contábeis básicos e grande parte de sua exposição do Indrizzo Degli Economi (1586), do beneditino Dom Angelo Pietra. Ambos os autores descreveram um sistema surpreendentemente semelhante à contabilidade moderna. Ambos acreditavam que as contas monásticas poderiam ser melhor analisadas, não pela inspeção do razão, como faria um comerciante, mas sim por meio do exame de demonstrações financeiras separadas.

Flori foi o primeiro autor a insistir que as transações fossem alocadas aos seus devidos períodos fiscais. Isso exigia uma distinção clara entre receitas do ano corrente e lucros e perdas de períodos anteriores, que deveriam ser encerrados diretamente no capital. Flori contabilizava separadamente os ativos de longo prazo e os de curto prazo; descreveu e ilustrou lançamentos contábeis compostos; e discutiu as vantagens de prever receitas e despesas. Contas de compensação (suspense accounts) aparecem pela primeira vez em seu texto.

Assim como Pietra, Flori defendia o encerramento anual do razão, mas utilizava uma conta de balanço, não apenas para comprovar a exatidão do razão, mas também para facilitar seu encerramento e reabertura. Edward Peragallo e Federigo Melis consideram a obra de Flori a melhor exposição da contabilidade italiana anterior a 1800.

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