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Mostrando postagens classificadas por relevância para a consulta powerpoint. Ordenar por data Mostrar todas as postagens
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20 agosto 2023

Do Slide ao Powerpoint

Em 1992, em uma sala de reunião do Hotel Regina, o mundo conheceu uma nova tecnologia: o powerpoint. Robert Gaskins, o responsável pelo software, apresentou a maravilha para pessoas vincunladas a Microsoft na Europa. Usando um laptop, Gaskins carregou o programa através de um cabo de vídeo. O público percebeu que a tecnologia iria revolucionar as apresentações e aplaudiu o produto e seu criador. 


A proposta do Powerpoint surgiu na verdade oito anos antes, quando Gaskins era vice-presidente de desenvolvimento de produtos da startup Forethought. A ideia era modificar o setor de apresentações de negócios. O produto criado não somente modificou, como transformou radicalmente a maneira como as empresas entregavam as informações para seu público interno e externo nas convenções anuais. Antes do Powerpoint, as apresentações eram contratadas em empresas especializadas em eventos. Depois, os próprios executivos poderiam produzir suas próprias transparências, em lugar de contratar alguém ou delegar para funcionários internos. 

Além disto, as apresentações não precisavam estar reservadas para grandes reuniões de final de ano ou em outros eventos importantes. Depois, o powerpoint expandiu o conceito de apresentar algo através de uma projeção, seja em uma igreja, nas escolas, nos funerais e casamentos, nas reuniões de família e muitas outras ocasiões. Provavelmente toda pessoa do mundo, a partir do ensino médio, deve conhecer o powerpoint. 

Obviamente, essa evolução específica não foi exclusivamente da Microsoft. Porque talvez a apresentação corporativa mais memorável de todos os tempos - o anúncio de Steve Jobs do iPhone na Macworld 2007 - não fosse um PowerPoint. Foi um Keynote. (Claire L. Evans)

Mas antes da revolução do powerpoint o que existia eram os slides. As grandes empresas, quando queriam impressionar, contratavam pessoas especializadas em fazer apresentação multimídia, com projetores de slides. 

Antes do PowerPoint, e muito antes dos projetores digitais, os slides de filme de 35 milímetros eram os mais usados. Maiores, mais claros e mais baratos de produzir do que o filme de 16 mm, e mais coloridos e com resolução mais alta do que o vídeo, os slides eram a única mídia para os tipos de apresentações de alto impacto feitas por CEOs e altos executivos em reuniões anuais para acionistas, funcionários e vendedores. Conhecidas no ramo como shows "multi-imagem", essas apresentações exigiam um pequeno exército de produtores, fotógrafos e equipe de produção ao vivo para serem realizadas. Primeiro, o show inteiro tinha que ser escrito, com um storyboard e uma trilha sonora. As imagens eram selecionadas em uma biblioteca, as sessões de fotos eram organizadas, as animações e os efeitos especiais eram produzidos. Um técnico com luvas brancas revelou, montou e tirou o pó de cada slide antes de colocá-lo no carrossel. Milhares de dicas foram programadas nos computadores de controle do show - depois testadas e testadas novamente. Porque os computadores falham. As lâmpadas dos projetores queimam. Os carrosséis de slides ficam emperrados. (…)

O negócio era tão rentável que surgiu uma Associação com os profissionais da área. Fundada em 1976, a Association for Multi-Image chegou a ter cinco mil membros. 

Em seu auge, o negócio de múltiplas imagens empregava cerca de 20.000 pessoas e apoiava vários festivais e quatro revistas comerciais diferentes. Uma dessas revistas publicou um perfil brilhante de Douglas Mesney em 1980; quando perguntado sobre seu prognóstico em relação ao futuro dos slides, ele respondeu: "Poderíamos fazer uma fortuna ou ficar fora do mercado em um ano". Ele não estava errado.

O surgimento do powerpoint mudou o setor substancialmente. Todos estes empregos desapareceram. Quem se lembra de um projeto de slide? Somente os mais antigos. 

O último projetor de slides já fabricado saiu da linha de montagem em 2004. A parte interna de sua caixa foi assinada pelos trabalhadores da fábrica e pela cúpula da Kodak antes de a unidade ser entregue ao Smithsonian. Foram feitos brindes e discursos, mas até então eram elogios, pois o PowerPoint já havia dominado o mundo.

Sugestão do BoingBoing, para o excelente texto de Claire Evans

28 julho 2007

Torturando a língua

Comportamento
VEJA
Edição 2017
18 de julho de 2007
Quando o negócio é torturar a língua
"Sinergia", "mudança de paradigma", "ação estratégica": segundo um trio de consultores americanos, esse jargão corporativo serve apenas para exprimir a mais pura... idiotice
Jerônimo Teixeira

Se duas empresas pertencentes a um mesmo grupo resolvem trabalhar em colaboração para vender melhor seus produtos, esse será apenas um fato trivial no mundo dos negócios. Uma palavra, porém, pode fazer toda a diferença. No lugar de "colaboração", diga "sinergia". As portas do mercado global parecem se abrir. Daí em diante, o céu é o limite: o empresário pode "ajustar seus processos para potencializar um clima organizacional que propicie o ciclo sinergístico". Isso não quer dizer rigorosamente nada – mas impressiona. Tal estilo pernóstico e vazio permeia grande parte da cultura corporativa. Bobagens palavrosas garantem a boa vida de muito guru empresarial, do tipo que adora fazer palestras com PowerPoint – programa do Windows para apresentações de texto e imagem. Os consultores americanos Brian Fugere, Chelsea Hardaway e Jon Warshawsky cansaram de tanta besteira. Um livro escrito pelos três pretende pôr fim à embromação e restituir a clareza aos ambientes de negócios. Na busca por uma linguagem transparente, não poderiam ter encontrado um título melhor: Por que as Pessoas de Negócios Falam como Idiotas (tradução de Alice Xavier; Best Seller; 192 páginas; 24,90 reais).



Os autores identificam um mecanismo de compensação psicológica no gosto dos executivos por esse palavreado que recheia reuniões e reuniões: ele confere uma aura de importância e inovação às realizações mais comezinhas. A empresa passou a trabalhar com um software mais avançado? Será mais emocionante afirmar que houve uma "mudança de paradigma tecnológico". O recurso à linguagem empolada, porém, nem sempre é tão inocente. Com freqüência, a verborragia está lá para encobrir a negligência, a incompetência e até a fraude. Um exemplo expressivo é a seguinte frase perfeitamente vazia de sentido: "Temos redes robustas de ativos estratégicos dos quais detemos a propriedade ou o acesso contratual, o que nos dá mais flexibilidade e velocidade para, de modo confiável, fornecer soluções logísticas abrangentes". Essa pérola faz parte do relatório anual de 2000 da empresa americana Enron. No ano seguinte, a companhia declarou falência depois que se descobriu que sua contabilidade era toda falsificada. Não por acaso, a tendência à linguagem estupefaciente é maior entre as empresas desonestas. Isso é demonstrável na análise das cartas aos acionistas que acompanham os relatórios anuais de grandes corporações. Os autores de Por que as Pessoas de Negócios... pontuaram esses textos com o índice Flesch, criado nos anos 40 pelo educador de origem austríaca Rudolf Flesch, que indica a clareza da linguagem em inglês. Quanto mais elevada a nota na escala, maior a clareza. Empresas admiradas como o Google, a General Electric e a Amazon pontuaram acima de 40. A Enron ficou com apenas 18..



Maus resultados financeiros, demissões, produtos que falham – a embromação tenta obscurecer qualquer fato desagradável. Veja por exemplo um memorando de Edgar Bronfman Jr., presidente da Warner Music: "Estamos anunciando hoje uma série de passos necessários à reestruturação e cruciais para o futuro do Warner Music Group. (...) É da máxima importância fazermos, tão logo possível, as mudanças necessárias para que o WMG possa continuar a progredir com redobrada força e confiança, como uma organização mais competitiva, ágil e eficiente". O objetivo de todo esse papo-furado era anunciar um corte de 20% do pessoal. Medidas drásticas como essa são muitas vezes necessárias, especialmente em indústrias em crise. Mas encobri-las com eufemismos como "reestruturação" ou "reengenharia" insulta os demitidos.



Talvez o maior vilão de Por que as Pessoas de Negócios Falam como Idiotas seja um programa de computador: o já citado PowerPoint. Muito usado em palestras corporativas, ele é a versão informatizada dos obsoletos projetores de slides e transparências. Com seus modelos padronizados e as facilidades que oferece para o desenho de diagramas e organogramas, tornou-se também o veículo ideal para os clichês empresariais. Em 2003, uma equipe de técnicos da Nasa, a agência espacial americana, fez uma apresentação em PowerPoint sobre defeitos estruturais no ônibus espacial Columbia. A exposição alertava para a possibilidade de que pedaços do revestimento dos tanques de combustível se desprendessem e atingissem a nave, causando danos graves. Só que a informação estava perdida no meio de uma tela do PowerPoint, entre outras tantas frases irrelevantes e expressões vazias como "dano significativo" ("significativo" compete com "estratégico" pelo lugar de adjetivo mais vago do jargão corporativo). Uma semana depois, o Columbia explodiu ao reentrar na atmosfera terrestre, matando os sete tripulantes. A causa do acidente: pedaços do revestimento que se soltaram. O jargão obscuro, como se vê, não tortura apenas a língua. Pode também fazer vítimas fatais.



Enviado por André Calvo Junior

Tenho realizado algumas pesquisas sobre este assunto. No passado, nos relatórios de administração. Agora, nos fatos relevantes. Acho que ainda existe muito terreno pela frente.

07 abril 2007

Powerpoint é ruim para apresentação

Cientistas australianos descobriram que o uso do Powerpoint não é bom para apresentação de idéias. Segundo os cientistas, o processo de informação torna-se mais difícil quando existe a forma escrita e falada ao mesmo tempo.

"O uso da apresentação do PowerPoint pode ser um desastre" diz um dos pesquisadores.

A pesquisa é mais controversa ao indicar que os professores deveriam concentrar nas respostas e não nas perguntas.

Clique aqui para link e aqui também

06 junho 2007

Links

1. Como não usar o powerpoint - vídeo, em inglês, sobre erros no uso do powerpoint. Vale a pena

2. Um teste impossível de acertar

3. Seguro para perda de estrela - restaurantes franceses fazem seguro para o caso de perderem estrelas do guia Michelin. Uma estrela neste guia representa 30% a mais de movimento.

24 fevereiro 2008

Links

1. Deseja parar de fumar? Vá ao StickK e assine um contrato que o obriga legalmente a doar uma quantidade específica de dinheiro para a caridade se não conseguir.
Você pode até mesmo determinar que você admitirá ao StickK quando fracassar. Também pode nomear um amigo como responsável e que informará o site por você.
Ausente do StickK, pelo menos até onde posso ver, é a capacidade de dar dinheiro para organizações mais notórias. Todas as caridades com quem fazem parceria parecem íntegras. Fonte: Aqui


2. A lógica da Vida - Tim Harford, articulista do Financial Times, lançou em 2005 o bestseller “The Undercover Economist”. Agora ele acaba de escrever “The Logic of Life” que mereceu uma resenha da The Economist




3. Tempo gasto por um executivo - Uma nova pesquisa feita pela APQC [mostra entre 54 CFOs entrevistados na Ásia] (...) disseram gastar 50 por cento do seu tempo na operação de processamento. O resto do dia é gasto em trabalhos apoio à decisão (16 por cento), controle (19 por cento), e atividades de gestão (15 por cento).
Aqui



4. Como não fazer uma apresentação em Powerpoint - Este é um vídeo muito interessante e mostra como não fazer uma apresentação em Powerpoint. Não é necessário conhecimento em inglês para perceber os erros que cometemos.

30 março 2011

Dados são como alimentos

Por Pedro Correia


Hal R. Varian, economista-chefe do Google,autor do livro Information Rules e destaque no mundo da economia e estatística concedeu interessante entrevista, em que disserta sobre a enorme quantidade de dados na atualidade. Segundo ele: “the sexy job in the next 10 years will be statisticians". De fato, com a atual quantidade de dados a estatística será ainda mais relevante. Por exemplo, a utilização de métodos quantitativos na contabilidade é primordial para analisar o aumento exponencial das informações contábeis.


In 2010, the human race created 800 exabytes of information, from tweets and Facebook updates to PowerPoint presentations and photographs. That’s 800 billion gigabytes, or the amount of data you can fit on 75 billion 16-gig iPads. To put that into context, between the dawn of civilisation and 2003, we only created five exabytes; now we’re creating that amount every two days. By 2020, that figure is predicted to sit at 53 zettabytes (53 trillion gigabytes) – an increase of 50 times.


Multiply data and you multiply the need for people to make sense of it. That’s where Varian and the statisticians, analysts and econometricians who work with him come in.


Data is like food, says Varian. “We used to be calorie poor and now the problem is obesity. We used to be data poor, now the problem is data obesity.” Google’s strength, he continues, was to recognise back in 2001 that “we would be handling massive amounts of data, and would need to develop tools for that.

30 outubro 2014

Curso de Contabilidade Básica: Planilhas

Recentemente comentamos a várias formas de apresentação das demonstrações contábeis. Relembrando, uma empresa pode divulgar suas informações em formato PDF, documento de texto (Word, por exemplo), apresentação de slides (caso do PowerPoint) ou planilha de dados (como o Excel). Aqui iremos mostrar como a apresentação dos dados em planilha pode ser uma ferramenta muito útil para o usuário, pela sua flexibilidade e capacidade de alinhar um grande número de dados.
A figura abaixo mostra a planilha disponível no endereço da CCR, uma empresa de concessões de rodovias.

A planilha da empresa permite escolher os diferentes tipos de demonstrações: balanço patrimonial, demonstração de resultados e fluxos de caixa (item 1 da figura). Observamos aqui uma limitação deste tipo de informação: nem sempre as informações apresentadas são completas ou são as mais uteis para o usuário. Veja que a empresa não apresenta a DMPL, por exemplo. E as demonstrações são “pro-forma”, ou seja, não respeitam as normas de contabilidade emanadas pelo CPC e outras entidades reguladoras.

O item 2 permite que o usuário escolha o período de tempo. Assim, a informação pode ser anual, trimestral, um trimestre específico ou todas as informações. Quando estamos trabalhando com séries históricas e queremos fazer projeções é muito útil lidar com todos os trimestres. Já quando queremos analisar o desempenho de um trimestre específico, a comparação por trimestre pode ser melhor. Ao lado deste item existe a opção de inverter a ordem de apresentação dos dados (isto não aparece na figura). O item 3 permite a escolha do tipo planilha: consolidada ou não. No item 4 o usuário pode escolher qual período de tempo deve ser selecionado. É uma alternativa ao item 2, sendo que aqui a escolha é por período de tempo. Se o usuário desejar escolher o primeiro e segundo trimestre deste ano basta selecionar o quadrinho correspondente. Finalmente, o item 5 da figura mostra que é possível selecionar o tipo de conta. Podem ser escolhidos somente os grandes grupos ou um item específico da demonstração. Depois de fazer a seleção, basta clicar no item 3 e será feito um download da planilha no seu computador.

A grande vantagem da planilha é o fato da planilha ser mais amigável que as opções de informações contábeis. Mas existem duas desvantagens: a primeira, nem todas as informações constam da planilha (na CCR, por exemplo, a DMPL); a segunda, é que preciso tomar cuidado pois nem sempre as informações estão corretas (já comentamos isto anteriormente sobre o caso da Petrobras).

25 maio 2023

Produtividade e Reuniões

 

A empresa Microsoft fornece uma ampla gama de produtos, do Teams ao Powerpoint. Nesta posição, a empresa pode obter informações valiosas dos clientes, especialmente como gastamos nosso tempo. O gráfico acima mostra que boa parte dele é destinado ao Teams (Meeting e Chat) e Email. Ou seja, são produtos relacionados com a interação entre os colegas de trabalho. 

A classificação é obviamente questionável. Dividir os produtos em dois grupos, de comunicação e de criação, pode ser injusto com quem responde aos e-mails. O problema é que muitas pessoas usam o tempo fora do trabalho para responder aos e-mails. 

12 junho 2017

Resenha: TED Talks

Este livro é um guia de como falar em público, baseado na experiência dos palestrantes do TED. Estas conferências ficaram famosas na internet pelo fato de serem curtas (cerca de 18 minutos), objetivas e didáticas. O livro de Chris Anderson resume algumas dicas dos organizadores para os palestrantes. O autor enfatiza a relevância da novidade na introdução, mas o foco principal do livro é preparação. Anderson afirma que as boas palestras representam horas de preparação, o que inclui, inclusive, decorar a palestra! E ele diz algo decisivo: se um Bill Gates, um Daniel Kahneman ou um Barry Schawartz fazem isto, qual a razão de você também não fazer. Segundo o autor, um pecado capital numa palestra é o convidado falar algo como “estava vindo para esta palestra, quando pensei ...”.

Para a maioria das pessoas, decorar uma palestra de dezoito minutos pode levar cinco ou seis horas. Uma hora por dia, durante uma semana.


Conforme o autor: “Uma coisa é se preparar menos do que o necessário. Mas vangloriar-se disso? Isso é um insulto. O palestrante está dizendo que o tempo da plateia não vale nada. Que o evento não vale nada.” A palestra deve ser fruto de uma longa preparação, que inclui uma linguagem próxima ao seu público, mas não necessariamente powerpoint. Anderson faz uma constatação importante: um terço das Conferências TED mais vistas na internet não conta com um slide sequer. A sua regra básica é: melhor não usar slide algum a usar slides ruins. Assim, slides com um monte de texto são proibidos numa palestra de qualidade; a regra é um slide para cada ideia:

Pensando assim, conclui-se que a ideia é bem simples. A finalidade principal dos recursos visuais não deve ser comunicar palavras. A boca do palestrante já faz isso muito bem. A finalidade dos recursos visuais é mostrar aquilo que a boca não mostra tão bem: fotografias, vídeos, animações e dados importantes.


Ao longo da minha vida acadêmica tenho encontrado muito deste tipo de erro. O livro também comenta sobre a roupa, a tecnologia a ser usada, entre outros assuntos de interesse.

Vale a pena? Para quem é professor ou costuma dar palestras é uma obra importante. Apesar de muitas vezes a nossa aula ter mais de 18 minutos e nosso tempo disponível para preparar uma aula é bem menor que seis horas, algumas dicas são relevantes para o professor. Mesmo para quem deseja ou precisa falar em público, o livro pode indicar alguns caminhos interessantes. Sim, vale a pena.

12 agosto 2010

Evolução



A figura acima, mostra uma típica transparência utilizada no passado por Gates nas suas apresentações. Nada de anormal, mas segundo o sítio Presentation Zen este tipo de transparência não é didático. (Observe como a transparência parece com aquelas que usamos diariamente). Este sítio costuma comparar as apresentações de Gates com as de Jobs. As apresentações do executivo da Apple têm como característica o fato de ser simples e direta.

Recentemente Gates fez uma palestra e usou transparências como esta:



Observe a diferença e a qualidade superior. Nada de muitas palavras, que chame a atenção para a transparência.

Aqui, links sobre powerpoint neste blog

01 outubro 2014

Curso de Contabilidade Básica: Apresentação das demonstrações

As informações preparadas pela contabilidade podem ser apresentadas de diversos formatos aos usuários. Algumas empresas permitem que o usuário possa ter acesso a mais de uma forma. Nos dias de hoje é normal imaginar que uma empresa estará apresentando suas demonstrações na rede mundial de computadores. Entretanto, algumas entidades de pequeno porte ou que não possuem uma contabilidade mais avançada ou são refratárias à evidenciação não disponibilizam estas informações na rede. Iremos tratar aqui somente das empresas que apresentam as informações na rede e neste caso prevalece uma grande variedade de possibilidades.

Quanto ao formato as demonstrações contábeis podem ser apresentadas em formato PDF, documento de texto (Word, por exemplo), apresentação de slides (caso do PowerPoint) ou planilha de dados (como o Excel). O formato PDF é o preferido, pois impede, a princípio, a edição do conteúdo. Além disto, a formatação do conteúdo não será alterada ao baixar a informação da rede. Mas o fato de impedir a edição pode ser um obstáculo para o usuário que deseja usar os dados para fazer uma análise. O documento de texto pode ser uma opção interessante, mas pode ser alterado e sua formatação pode mudar conforme o computador do usuário. Os dois últimos formatos – apresentação de slides e planilha de dados - geralmente impede a apresentação completa das informações e por este motivo são usadas com ressalvas. Os slides são disponibilizados para os usuários que estão interessados na apresentação que foi realizada pela empresa para investidores; já a planilha de dados é útil quando o usuário pretende “manipular”, no bom sentido, as informações.

Vamos mostrar os casos mais comuns. A figura abaixo apresenta a divulgação do Itau BBA SA . Neste caso, o banco optou por simplesmente reproduzir aquilo que foi publicado no jornal Diário do Comércio no dia 26 de agosto de 2014 (no centro da figura, no alto, aparece o nome do jornal).



Este tipo de divulgação evita a possibilidade da mesma informação aparecer de maneira diferente conforme a forma de divulgação. Mas realmente não é criativa, além de ser pouco amigável com o leitor. Muito número com letras minúsculas.

A seguir tem-se a divulgação conforme a determinação da CVM feita pela Energisa. A vantagem deste formato é a padronização da apresentação. O usuário mais acostumado com as demonstrações irá rapidamente localizar as informações que procura. Mas este tipo de formato inibe a presença do elemento gráfico.

A figura a seguir mostra uma planilha preparada pela Petrobrás. Para aqueles que gostam de “manipular” os dados é o ideal. O usuário pode escolher qual a conta deseja utilizar (basta clicar no marcador), quais os anos, a ordem, a demonstração, etc. É o ideal para quem deseja fazer uma análise mais profunda sobre o desempenho da empresa. (Mas poucas disponibilizam este formato, infelizmente)

Finalmente, a figura abaixo apresenta o slide da Vale. Aqui a empresa destaca os principais pontos do seu desempenho. Apesar do visual agradável o usuário deve tomar muito cuidado com este formato em razão do viés da seleção: a empresa destaca aquilo que acredita mais relevante e provavelmente terá mais destaque os fatos positivos e favoráveis para a empresa.

A escolha do formato dependerá das necessidades do usuário, se a empresa disponibilizar diversas alternativas. Em geral a apresentação de slides é interessante como o primeiro contato. O Formulário Referência ou a publicação do jornal são uteis para ter a informação completa da empresa. Particularmente tenho preferência pelo Formulário da CVM. A planilha Excel é muito útil quando você precisa de uma análise mais aprofundada. Assim, a preferência irá depender das necessidades e preferência de cada usuário.

05 junho 2014

Curso de Contabilidade Básica: Gráficos

Quando pretende apresentar a informação para o usuário, a empresa utiliza de muitos recursos existentes para facilitar o processo de comunicação: trechos destacados, figuras, tabelas coloridas, gráficos, entre outras ferramentas.

Um dos recursos mais usados é o gráfico. Com ele a empresa pode resumir muitos números de forma didática e acessível. Afinal, prevalece a ideia que “uma imagem vale por mil números”. Veja um exemplo da Copel , no seu relatório trimestral:


O gráfico mostra duas variáveis ao longo do tempo: a dívida líquida e a dívida líquida pelo Lucro Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização (Lajida). A primeira variável estão nas barras escuras; a segunda, na linha laranja. Basta olhar para o gráfico e é possível chegar a uma conclusão: existe uma relação entre as duas variáveis. (É bem verdade que deveria ser entre Dívida Líquida e Lajida somente). Neste caso o gráfico foi um instrumento realmente útil para o usuário.

Da mesma empresa iremos mostrar como o gráfico pode atrapalhar. Veja a figura a seguir:

Temos a participação de cada item nos custos e despesas operacionais. Entretanto são sete itens e o gráfico tornou-se pouco didático. Você consegue realmente diferenciar o valor da energia comprada da depreciação? Talvez sim, mas exige um pouco de esforço. Neste caso, o gráfico não facilitou a vida do usuário.

Para aqueles que desejarem uma discussão extensa sobre o uso de gráficos na contabilidade, sugiro o livro Painting with Numbers, de Randall Bolten. É um livro didático, baseado na experiência prática, onde o autor apresenta situações de apresentação de informações em gráficos, tabelas, PowerPoint etc.


19 setembro 2007

Powerpoint do Google

Tenho usado com certa freqüência o editor de texto do Google. E raramente a sua planilha. Agora a notícia de que a empresa está lançando o seu programa de apresentação. (Clique aqui)