Translate

Mostrando postagens classificadas por relevância para a consulta Santyam. Ordenar por data Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens classificadas por relevância para a consulta Santyam. Ordenar por data Mostrar todas as postagens

01 fevereiro 2009

Auditoria e internacionalização da contabilidade

Normas internacionais, mercado de capitais com participação de empresas estrangeiras e expansão das empresas de auditoria em diversos países representam um tema de discussão interessante. Enquanto as grandes empresas de auditoria estão interessadas na implantação das normas internacionais, em razão da redução do custo e da conquista de mercados locais, o crescimento da fiscalização e a possibilidade de arcar com a responsabilidade por escândalos é um problema. Representa o outro lado da moeda

O problema com a empresa indiana Santyam representa somente um caso dos problemas futuros que estas empresas podem enfrentar. Mas o problema não é somente da PWC, a empresa de auditoria da Santyam. No passado a BDO teve um caso internacional com o Banco Espírito Santo, de Portugal.

Estas situações mostram que o relacionamento da matriz com as filiais das empresas de auditoria é relevante. E que problemas locais podem ter conseqüências mundiais.

Para uma discussão sobre o assunto, seja o artigo Global auditors tackle problems of local scandals - By Jennifer Hughes, 29 January 2009, Financial Times London Ed2 22

13 fevereiro 2011

Maior empresa de auditoria

Um leitor pergunta qual a maior empresa de auditoria.

Esta é uma resposta difícil, (1) já que existem diversos critérios para determinar o que seria "maior"; (2) não foi especificado se no Brasil ou no mundo.

No Brasil a resposta é mais difícil, já que não temos a receita das empresas, variável que tradicionalmente mede a "maior" empresa. Por este motivo, a listagem no Brasil costuma destacar as empresas que auditam as companhias de capital aberto.

Além disto, as empresas de auditoria não consideram as suas filiais como parte da empresa matriz, principalmente quando a filial apresenta problemas. (Vide o caso da Índia, da empresa Santyam e a Price)

Usando como aproximação o número de empregados as maiores empresas de auditoria seriam: Deloitte, Price e Ernst & Young, nesta ordem.

28 janeiro 2009

Satyam

Na medida em que as investigações na empresa Satyam prosseguem indícios passados começam a aparecer. É o famoso “eu avisei” (ou o corolário, “estava muito claro, só não viu quem não quis”).

Além disto, as investigações também mostram que a semelhança com a Enron está talvez somente na grandeza dos valores. Tudo leva a crer que os problemas contábeis da empresas eram mais graves e envolviam inclusive a criação de lançamentos contábeis.

(...) Em setembro, senhor Mukherjea [analista do Noble Group, um banco britânico de investimento] usou um modelo computacional para examinar as 500 maiores empresas abertas com sinais de manipulação contábil. Ele encontrou que mais de 20% delas estavam potencialmente engajadas em contabilidade agressiva, mas Satyam não estava na lista.

Isto porque as telas automatizadas que analistas como o Sr. Mukherjea usam para obter sinais de fraude começa pela busca de grandes discrepâncias entre os lucros reportados e fluxo de caixa. No caso da Satyam, o dinheiro parece acompanhar o ritmo com os lucros.

Mas Kawaljeet Saluja, um analista de Kotak Securities, um banco de investimento indiano, avistou um fenômeno enigmático. De dezembro de 2006 a setembro de 2008, os depósitos bancários da empresa indiana mantiveram-se mais ou menos plano. Mas durante este período a parte do dinheiro mantido em contas correntes, o que permite fácil acesso ao dinheiro, mas ganham poucos juros, aumentou mais de sete vezes.

Sr. Saluja questionou à administração da empresa durante uma conferência telefônica setembro. O ex-diretor financeiro da Santyam, Vadlamani Srinivas, disse que o dinheiro iria em breve ser transferido para contas de alto rendimento. (...)

In India, Clues Unfold To a Fraud's Framework - JEREMY KAHN; 27/1/2009 - The New York Times - Late Edition – Final - 1

11 abril 2015

Fato da Semana (semana 15 de 2015)

Fato da Semana: A condenação das pessoas envolvidas no escândalo da Santyam. A empresa Satyam atua na área de serviços, incluindo desenvolvimento de software. Diversas grandes empresas eram (são) clientes da empresa: GE, Caterpillar, NCR, entre outras. Há alguns anos, em 2009, o então presidente da empresa, Ramalinga Raju, afirmou que existiam problemas na sua contabilidade. Esta confissão chocou já que Raju era considerado um guru pelos indianos. Na época o auditor era a PwC, através do seu braço indiano. A SEC multou a auditoria. O empresário foi preso e liberado no final de 2011.

Qual a relevância disto? Escândalo na Índia como fato da semana? A adoração e decepção Raju parece muito com o que ocorreu no Brasil com outro empresário. A empresa de auditoria é a mesma que não viu os problemas na Petrobras. Talvez possamos aprender com a Índia, que levou executivos para prisão.

Positivo ou Negativo – Positivo, se pensarmos que isto é mais um caso onde é possível pensar que o mundo é justo (não é, mas é sempre bom ter esperança). Mas será que a prisão do auditor é a solução?

Desdobramentos – O escândalo da Satyam foi muito importante, pelo tamanho da empresa, pelo fato de incluir um empresário de “sucesso”, auditoria, BRICs etc. Um bom estudo de caso.