Translate

15 julho 2025

Mentiras e os documentos históricos

Sobre o uso de documentos históricos para tentar entender o passado:  


Historiadores têm problemas de confiança — e deveriam ter. Quando estudiosos avaliam textos, obras de arte, objetos materiais e histórias orais do passado, eles estão mergulhando em fontes profundamente pessoais e inerentemente humanas. E os humanos mentem o tempo todo. Como profissionais, entendemos que nenhuma fonte isolada é uma voz de autoridade. O processo de pesquisa exige contextualização, sobreposição de informações e uma compreensão sutil das dinâmicas interpessoais. Na minha sala de aula, isso é um problema.

Meus alunos frequentemente têm dificuldade em ver os personagens históricos como pessoas reais. Eles não têm dificuldade em entender que Abraham Lincoln foi uma pessoa real — que nasceu em 1809 e viveu uma vida concreta até sua morte prematura. O problema deles está em pensar em Lincoln como um adolescente preocupado em entrar para o time de luta livre. (...)

Assim como hoje, as pessoas no passado distorciam a verdade em documentos pessoais porque sabiam que esses documentos poderiam ser usados mais tarde para sustentar reivindicações em tribunais ou para verificar a posse de propriedades para fins de tributação. Mesmo em nossos diários e cartas mais pessoais, os humanos descontextualizam e exageram para salvar as aparências. O trabalho de um historiador é ver as pessoas como elas são — humanas

Isso é muito interessante. Há alguns exemplos no texto que mostra isso, levando o pesquisador a questionar as fontes. 

Parecido com achar que as demonstrações contábeis contam a vida de uma empresa. Humanos mentem e contadores são humanos.  

Nenhum comentário:

Postar um comentário