Modelos falsos nos ajudam a entender o mundo — é sobre isso que trata grande parte da estatística (como na famosa citação de Box e Draper, 1987: “todos os modelos estão errados, mas alguns são úteis”).
(Gelman)
Sobre débitos e créditos da vida real
Modelos falsos nos ajudam a entender o mundo — é sobre isso que trata grande parte da estatística (como na famosa citação de Box e Draper, 1987: “todos os modelos estão errados, mas alguns são úteis”).
(Gelman)
Hoje ocorreu a defesa de um trabalho de graduação sob minha orientação. A pesquisa investigou como as pessoas lidam com situações envolvendo o custo perdido. Basicamente, considerar valores já gastos ao tomar decisões de investimento é um erro sob a ótica racional da teoria das escolhas. No entanto, as pessoas fazem isso com frequência. O estudo replicou uma pesquisa anterior que orientei no mestrado, mas, ao incluir variáveis relacionadas às características pessoais dos participantes, não se observou influência significativa de nenhuma delas. Isso pode parecer frustrante à primeira vista, mas reforça um ponto importante: o viés do custo perdido ocorre independentemente de gênero, formação, idade ou outras características individuais. A ausência de significância, nesse caso, é reveladora e útil — ainda que, à primeira vista, pareça decepcionante.
Nenhum comentário:
Postar um comentário