Eis o fato:
Will Smith, ator e rapper e sua equipe usaram IA para “turbinar” um vídeo de um minuto do tour Based on a True Story publicado no YouTube e no Instagram. Nas cenas de plateia, fãs aparecem com rostos distorcidos, mãos “derretidas” e cartazes improváveis — como um agradecendo à faixa “You Can Make It” por ajudar alguém a “sobreviver ao câncer” e outro com texto embaralhado (“From West Philly to West Swiggy”). A matéria compara o clipe a registros “reais” da turnê, que mostrariam público modesto, e cita o relato de um espectador em Frankfurt dizendo que o local estava meio vazio. O vídeo não traz rótulos de conteúdo gerado por IA, apesar das políticas do YouTube e da Meta exigirem sinalização. A equipe de Smith não respondeu até o fechamento.
Isto se parece com manipulação contábil. Ambas distorcem a percepção de desempenho para influenciar decisões de terceiros — no vídeo, inflar engajamento; na contabilidade, suavizar resultados ou riscos. A diferença substantiva está no arcabouço: manipulação contábil afeta demonstrações reguladas e auditáveis, com consequências legais; já a manipulação de imagens recai sobretudo em normas de publicidade/plataformas e sanções reputacionais.
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