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06 março 2011

Loteria

As loterias da Caixa Econômica Federal atingiram a arrecadação recorde R$ 8,8 bilhões no ano passado, superando em 19,8% o montante de 2009 (R$ 7,3 bilhões). O resultado superou a previsão de crescimento de 10% traçada pelo banco público no começo do ano. (Apostas em loterias da Caixa batem recorde em 2010 – Valor 4 mar 2011)
Racionalmente, as pessoas não deveriam jogar na loteria. Entretanto, o resultado da CEF mostra que as pessoas não seguem um padrão esperado de racionalidade. O grande problema é que a loteria esportiva não deixa de ser um imposto altamente regressivo. Em geral, as pessoas pobres apostam mais, proporcionalmente com certeza, que os ricos. Assim, o resultado da loteria indica, em termos econômicos, que aumentou a arrecadação regressiva por parte do governo.

Um comentário:

  1. Professor César,

    O Estado brasileiro tem o monopólio do jogo no Brasil, através da Caixa Econômica Federal.No entanto, as casas de jogos são ilegais.Na verdade, são ilegais quando não são do governo.Além da tributação ser regressiva não faltam opções de jogos divertidos criados pelo governo.

    Eu defendo um mercado onde cada empresa ofereceria um jogo diferente. Você poderia ter regras claras e os consumidores se sentiriam atraídos aos jogos de maior credibilidade, sem ter que se esconder da polícia. O jogo do bicho sairia da sua ilegalidade de séculos.
    Mas não. O Estado quer tudo para ele.

    A legalização dos jogos de azar traria mais empregos e impostos que poderiam ser arrecadados.Além de diminuir a violência que existe quando esses jogos estão na ilegalidade.É claro que a legalização deveria ocorrer de forma a tornar o jogo atrativo.

    No final do ano passado tramitou em fase final na Câmara dos Deputados um projeto de Lei que visava legalizar os jogos de azar. Os acalorados debates acrescidos de manifestações contundentes do Ministério Público e da Polícia Federal contra o projeto foram decisivos para sua rejeição. O principal argumento utilizado por essas instituições foi que era impossível fiscalizar essas atividades. Desta forma, os bingos e empresas afins seriam utilizados para lavagem de dinheiro. Claro que o argumento do drama dos viciados também foi bastante explorado.

    Sobre o projeto:

    http://www.camara.gov.br/internet/sileg/Prop_Detalhe.asp?id=153275

    http://www2.camara.gov.br/agencia/noticias/ECONOMIA/191862-PARLAMENTARES-DIVERGEM-SOBRE-A-REGULAMENTACAO-DOS-BINGOS.html

    Se vetaram a legalização com o argumento que vicia os indivíduos, por que manter a Loteria da Caixa?

    Pedro Correia

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